Dólar tem leve alta de olho em IOF; Ibovespa emenda 3º ganho e se reaproxima dos 138 mil pontos 6r2j4o

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Com máxima a R$ 5,5585, o dólar à vista encerrou o pregão a R$ 5,5426, enquanto o índice da B3 escorou-se em Petrobras (ON +2,76%, PN +2,25%), mesmo sem o apoio do petróleo

  • Por Jovem Pan
  • 12/06/2025 18h23 - Atualizado em 12/06/2025 18h25
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J.SOUZA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Dólar No mês, as perdas são de 3,09%, o que leva a desvalorização acumulada em 2025 a 10,35%

O aumento da percepção de risco fiscal, diante da resistência do Congresso ao novo decreto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), tirou força do real na sessão desta quinta-feira (12). Apesar da onda global de desvalorização da moeda americana, após leitura benigna da inflação ao produtor nos Estados Unidos, o dólar apresentou leve alta no mercado local e voltou a fechar na casa de R$ 5,54.

O governo publicou na quarta-feira à noite a Medida Provisória com alterações como taxação de letras financeiras imobiliárias e do agronegócio e aumento da tributação de bets e do setor financeiro, além do novo decreto a respeito do IOF, com recalibragem de alíquotas. O dólar até ensaiou uma queda, embora bem limitada, na abertura do pregão, mas trocou de sinal ainda na primeira hora de negócios e renovou máximas no início da tarde, quando começaram a pipocar notícias dando conta da ofensiva de parlamentares contra as alterações no IOF.

Com máxima a R$ 5,5585, o dólar à vista encerrou o pregão a R$ 5,5426, alta de 0,09%. A divisa apresenta queda de 0,49% na semana. No mês, as perdas são de 3,09%, o que leva a desvalorização acumulada em 2025 a 10,35%. O caldo entornou assim que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou, em seu perfil no X, que o colégio de líderes da Casa decidiu pautar a urgência do projeto de decreto legislativo (PDL) que susta efeitos do novo decreto do governo que trata do aumento do IOF, publicado na quarta-feira.

Mais tarde, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, disse que iria verificar a possibilidade de os deputados aprovarem, ao mesmo tempo, a derrubada dos dois decretos do governo relacionados ao IOF. Caso apenas o decreto da quarta, com a recalibragem das alíquotas, seja derrubado, o decreto anterior, que foi alvo de muitas críticas, aria a valer.

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Em seguida, durante discurso em Mariana (MG), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva itiu que existe um “clima muito ruim” na Câmara dos Deputados. Lula criticou o debate sobre a desindexação de benefícios sociais do salário mínimo e defendeu as medidas propostas pelo Ministério da Fazenda, ressaltando que não foi eleito para “fazer benefício para rico”.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), defendeu o decreto do IOF, que considera “emergencial para fazer frente a contingenciamentos e bloqueios”, e afirmou que o presidente da Câmara vai pautar a urgência do PDL que suspende o novo IOF somente na segunda-feira (16).

No exterior, o índice DXY – termômetro do dólar ante uma cesta de seis divisas fortes – apresentou queda firme e furou o piso dos 98,000 pontos, com mínima em 97,602 pontos. Moedas vistas como refúgio em momentos de aversão ao risco, o franco suíço e a coroa sueca subiram mais de 1% com o aumento das tensões no Oriente Médio, após a retirada de funcionários americanos da região.

Depois da leitura benigna da inflação ao consumidor nos EUA, divulgada na quarta, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) e seu núcleo vieram abaixo das expectativas, reforçando o quadro de moderação do ritmo de aumento dos preços. O PPI subiu 0,1% no mês ado, enquanto analistas esperavam avanço de 0,2%.

Bolsa

O Ibovespa emendou terceiro dia de gradual recuperação – em ajustes diários de cerca de meio por cento -, reaproximando-se dos 138 mil pontos. Nesta quinta-feira (12), escorou-se em Petrobras (ON +2,76%, PN +2,25%) mesmo sem o apoio do petróleo, sem direção única na sessão e em baixa no encerramento de Londres e Nova York, em realização de lucros na commodity após o salto da véspera, quando as cotações do Brent e do WTI haviam subido mais de 4%. Os papéis da estatal foram estimulados, na sessão, pela perspectiva de dividendos extraordinários.

Aqui, o índice da B3 oscilou dos 136.175,43 até os 137.931,05 pontos (+0,59%), saindo de abertura aos 137.127,23 pontos. E fechou aos 137.799,74 pontos, em alta de 0,49%. O giro financeiro subiu a R$ 28,6 bilhões nesta quinta-feira. Na semana, o Ibovespa acumula ganho de 1,25% e, no mês, avança 0,56% – no ano, tem alta de 14,56%, com o índice tendo convergido hoje para o maior nível de fechamento desde 29 de maio, então aos 138,5 mil pontos.

Entre os maiores bancos, as variações ficaram entre -0,86% (Santander Unit) e +1,42% (Bradesco ON) no fechamento. Na ponta ganhadora do Ibovespa, Embraer (+4,29%), Marcopolo (+2,84%), BTG (+2,56%) e Hypera (+2,53%), além dos dois papéis de Petrobras. No lado contrário, MRV (-4,68%), BRF (-3,14%) e Yduqs (-3,06%). Entre as blue chips, Vale ON, a principal ação do Ibovespa, caiu 0,66%.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

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