MC Koringa contabiliza 12 músicas em trilhas sonoras de novela 1lx3i
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Em entrevista exclusiva ao Portal Jovem Pan, o cantor fala sobre o crescimento da música funk, seus quase 30 anos de carreira e diz que sente falta de refrões conscientes

Em meio a tantas polêmicas na mídia envolvendo cantores de funk, MC Koringa parece navegar por outras águas. Com 12 músicas em trilhas de novelas e séries, o artista celebra a mudança de vida com a introdução de hits em tramas da teledramaturgia. “Comecei a trabalhar com 14 anos de idade e com 16 lancei o primeiro sucesso. Ano que vem completo 30 anos de carreira e jamais imaginei viver esse sonho tão incrível e desafiador que é viver do meu sonho que é a música”, conta.
O primeiro single do artista em uma novela foi há 20 anos, depois vieram outras e a vida do cantor mudou completamente. “Realizei alguns sonhos que nem estavam nos planos e me senti feliz em trilhar os caminhos de alguns ídolos da música. Essa abordagem abriu portas incríveis para a minha carreira e fizeram com que algumas músicas minhas, se tornassem atemporais”.
Isso porque até hoje, novas gerações de debutantes, formandos e noivas pedem que antigos sucessos sejam tocados nessas festas. “É mágico ver isso: a música atravessar anos e conquistar filhos e filhas de fãs que fazem até as coreografias quando os hits tocam”. “Claro que música romântica é importante para embalar casais em novelas, séries e filmes, mas as dançantes também são fundamentais para dar mais vida a qualquer história e tem seu papel. Desde criança eu percebi o quanto as músicas de novelas davam um upgrade na vida dos artistas que eu irava, como Tim Maia, José Augusto, Roberto Carlos e Sandra de Sá, por exemplo”, declara o funkeiro.
Do fenômeno até os dias atuais com sucessos emplacados 4j1t5s
Em 2005, MC Koringa lançou a música “Pedala Robinho”, que foi sua primeira trilha de novela de sua carreira. “Nunca me esqueço, foi na novela América que abracei o Brasil e percebi que podia voar. Dali pra frente a minha vida mudou de uma forma mais intensa do que das outras vezes. Eu pude conhecer muitos lugares do país, o cachê aumentou, as pessoas me reconheciam nas ruas, pude ver pessoas famosas curtindo o que eu estava fazendo e pisar nos palcos por onde avam vários artistas consagrados”, conta.
Como todo menino esforçado, antes da fama ele trabalhou em um açougue de supermercado e como jardineiro (mesmo sem entender quase nada sobre plantas). Ainda, foi militar do Exército durante 3 anos e sempre procurou estudar.
Hoje, ele vê a evolução do funk em território nacional e estrangeiro. “O funk, falando de sua nacionalização pra cá, sempre teve suas fases, suas mudanças. Isso se dá pela chegada de novas gerações, que contribuem com novos dialetos, comportamentos e culturas. O Funk é isso: uma ferramenta perfeita e ível para relatar esses momentos diferentes entre gerações”.
Visionário, ele sente que pode chegar a conquistar mais público. “Mesmo tendo realizado diversos shows em vários países, quero ir mais longe. Na minha opinião, o movimento ainda tem um longo caminho pela frente, apesar de já ter conquistado os quatro cantos do mundo. Hoje vemos um funk refém das dancinhas (dançar é sempre muito bom) só que as outras subvertentes ficaram um pouco de lado, sabe? Acho que falta um pouco do rap consciente, com um bom refrão, que leve a uma reflexão, sabe? O funk precisa reconquistar esse espaço na audiência do grande público e vou trabalhar para isso”, entrega.
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